Frequentemente percebo que muitos líderes se enganam ao pensar que suas empresas realizam uma perfeita execução das suas atividades.
Porém, preciso te dizer que “Execução” não se limita a cumprir as suas tarefas diárias, vai muito além disso. A execução envolve a arte de transformar estratégias em ações concretas, para que seja possível alcançar resultados tangíveis.
O livro “Execução: A Disciplina para Atingir Resultados” de Ram Charan, escrito em coautoria com Larry Bossidy, explora a ideia de que a execução é disciplina e não somente uma série de atividades.
Segundo os autores, a razão pela qual muitas organizações falham na implementação de suas estratégias, não está em problemas na sua formulação, mas sim na deficiência da execução.
Neste artigo, você irá entender a visão de Ram Charan e Larry Bossidy a respeito desse assunto, o qual eu compartilho e utilizo nas minhas consultorias na Deploy.
Execução é disciplina
Costumo dizer que nenhuma estratégia válida pode ser planejada sem levar em conta a capacidade da organização de executá-la.
Ou seja, é necessário ter a certeza de que o seu time será capaz de absorver as demandas planejadas.
De acordo com Ram Charan, a execução é uma forma sistemática de expor a realidade e agir sobre ela.
O coração da execução é dividido em três processos-chave para o sucesso de qualquer negócio: o processo de pessoas, o processo de estratégia e o processo de operações.
Assim, a maturidade de uma organização é definida através do grau de consistência entre esses três processos.
Empreendimentos mais jovens tendem a possuir processos mais informais, o que resulta em uma menor relação entre procedimentos, ferramentas e sistemas.
Ao longo do tempo, entretanto, eles vão se formalizando e se instrumentalizando.
Porém, é possível dizer que estes processos existem desde o primeiro dia de criação de um negócio, ainda que sejam bastante simples.
Saiba mais sobre cada um deles:
Processo de pessoas
Este processo define que se a pessoa certa está no lugar certo, ela irá medir o seu desempenho a cada momento e a sua capacidade de crescer com a organização.
Essa régua, implica na tomada de decisões em relação aos salários dos funcionários e modo como as pessoas lidam com metas e remunerações.
Na minha visão, colocar as pessoas certas nos empregos certos requer uma fortaleza emocional.
Quando o líder não ainda não desenvolveu a capacidade para lidar com essa carga mental, é possível que a empresa enfrente algumas dificuldades.
Por exemplo, a falta de preparo para lidar com funcionários que apresentam baixo desempenho é um problema relativamente comum nas corporações, sendo geralmente resultado dos bloqueios emocionais do líder.
Costumo dizer que sem o emocional necessário para ser um líder, você terá dificuldade em contratar as melhores pessoas para trabalhar para você.
Mas afinal, por que as pessoas certas não estão nos empregos certos?
Vejo que normalmente, a escolha de contratação dos líderes está no quão confortáveis eles se sentem em trabalhar com determinada pessoa e não necessariamente nas habilidades e requisitos que ela possui para o trabalho.
Muitas vezes, os líderes não possuem a coragem de separar as pessoas que apresentam fortes desempenhos, das que demonstram baixa performance.
Tudo isso reflete uma deficiência nas organizações: a capacidade dos líderes em não estarem comprometidos e engajados com o “Processo de Pessoas” da execução.
E como colocar as pessoas certas nos cargos certo?
Percebo que frequentemente os líderes se concentram na cronologia do desenvolvimento da carreira do indivíduo, olhando apenas para as atribuições específicas que ele teve.
Os entrevistadores não costumam “vasculhar” o histórico da pessoa e ver como ela realmente saiu em seus empregos anteriores.
Por exemplo, como ela estabeleceu prioridades?
Ela incluiu pessoas nas suas tomadas de decisões?
Ela pode legitimamente receber o crédito por esses bons resultados?
É importante obter essas respostas antes de contratar um novo colaborador e permitir que ele faça parte do seu time.
Existem muitos casos de ex-funcionários que marcaram um recorde admirável pelos números às custas de outras pessoas, e depois deixaram para trás uma organização enfraquecida.
Gosto de enfatizar que não há nada sofisticado no processo de colocar as pessoas certas nos cargos certos.
É apenas uma questão de ser sistemático e consistente ao entrevistar e avaliar pessoas.
Posteriormente a isso, é importante ter em mente que o seu trabalho não acabou. É necessário desenvolver essas pessoas por meio de feedbacks úteis e frequentes.
O líder que é capaz de realizar uma boa avaliação, também deve ser capaz de indicar como sanar as deficiências de uma pessoa.
Caso falar com ela não for suficiente, talvez a solução seja conseguir um coach para ela ou designá-la a outra função.
Acredito que se uma empresa conta com os seguintes elementos, já possui uma base pronta para operar e gerenciar cada um dos processos com eficiência, são eles:
- Líderes que possuem o comportamento certo;
- Uma cultura que recompensa a execução;
- Um sistema consistente para colocar as pessoas certas nos cargos certos.
Processo de estratégia
Em síntese, esse processo define a direção que a empresa está tomando e o modo como ela é apontada nesta direção.
É necessário avaliar o mercado e definir uma maneira de colher informações sobre a concorrência, além de elencar perguntas pertinentes para obter respostas que irão agregar no crescimento do negócio.
Costumo dizer que além dessas estratégias, é preciso que seja estabelecido qual será a frequência que essas ações serão realizadas e quais pessoas estarão envolvidas.
As responsabilidades e recursos precisam ser distribuídos se você quiser obter sucesso no processo de estratégia.
Por fim, é indispensável uma comunicação bem elaborada de cada um desses aspectos da empresa, ligando as pessoas e cada operação aos seus objetivos estratégicos.
Processo de operações
Este processo é o responsável pelo dia a dia da organização, uma vez que essa é a etapa em que a estratégia transforma-se em ação.
É durante essa etapa que os erros viram aprendizados e os aprendizados são transformados em mudanças.
As operações cotidianas definem as tomadas de decisões e permitem que o rumo seja alterado de acordo com os riscos e oportunidades.
Isso possibilita que o negócio possa antecipar-se às tendências e garantir resultados a partir de rápidos ajustes.
De acordo com a minha perspectiva, os negócios que possuem excelentes execuções, praticam os três processos com disciplina, intensidade e profundidade.
Neste contexto, vejo que há sempre definições já estabelecidas sobre quem irá realizar determinada atividade e como irá ocorrer a sua avaliação. Os líderes, por sua vez, sabem que os recursos humanos, técnicos, financeiros e de produção, são indispensáveis para executar uma estratégia eficiente.
E mais do que isso, eles sabem quais recursos serão necessários a longo prazo, quando a estratégia alcançar um próximo nível.
Um dos grandes erros que percebo nas corporações, é as pessoas não entenderem que os três processos estão intimamente interligados.
Ou seja, para uma estratégia ser bem sucedida, ela precisa levar em consideração as pessoas, a realidade da estratégia e o operacional.
Execução é o trabalho do líder de negócios
Percebo que muitos dos líderes de negócios, gostam de pensar que o chefe está isento dos detalhes de realmente administrar a empresa.
Realmente, não há como negar: é uma forma agradável de enxergar a liderança. Você fica no topo da montanha, pensando estrategicamente e tentando inspirar o seu time, enquanto os gerentes realizam o trabalho pesado.
No entanto, a minha visão sobre isso é contraditória a essa ideia.
Acredito que uma organização só pode realizar uma boa execução, se o coração e a alma do líder estiverem imensos na empresa.
O líder deve ser o responsável por fazer as coisas acontecerem dentro de sua empresa, principalmente os três processos mencionados no tópico anterior.
Para que você entenda a importância do líder estar presente nas operações da organização, basta pensar em um time esportivo.
Você acha que a performance desse time seria tão boa se os seus treinamentos fossem delegados para um assistente, enquanto o seu treinador passasse todo o seu tempo em um escritório fazendo acordos?
Certamente o desempenho não seria o mesmo caso o próprio treinador estivesse em campo com o seu time.
Gosto de enfatizar durante as minhas consultorias, que apenas um líder é capaz de fazer as perguntas certas e em seguida, gerenciar o processo de debater as informações fornecidas.
E somente o líder que está intimamente envolvido no negócio pode saber o suficiente para ter uma visão abrangente e fazer perguntas incisivas, que serão realmente relevantes.
O que sempre costumo dizer é que o diálogo é o núcleo da cultura de uma organização e a unidade básica do trabalho.
A maneira como as pessoas falam entre si, determina absolutamente o quão bem a organização irá funcionar.
“As pessoas são o ingrediente mais importante para o sucesso”.
Percebo que muitos gerentes profetizam repetidas vezes essa frase, mas acabam delegando o trabalho de avaliar e recompensar as pessoas para a equipe de RH para posteriormente, carimbar as recomendações em suas avaliações.
O problema disso, na minha opinião, é que para fazer análises corretas, é necessário conhecer a pessoa que está sendo avaliada.
Os bons julgamentos provém da prática e da experiência em realizar esse exercício repetidas vezes.
Porém, há uma enorme diferença entre liderar uma organização e presidi-la.
O que isso significa?
Vejo muitos líderes se vangloriando do seu estilo de não intervir e defendendo que o empoderamento não está em lidar com os problemas do dia a dia.
E por isso, deixam de confrontar as pessoas responsáveis pelo desempenho insatisfatório da empresa ou não procuram problemas para resolver.
Liderar para a execução não significa microgerenciar ou desautorizar as pessoas. No entanto, a avaliação de um colaborador trata-se de um envolvimento ativo, que compreende fazer coisas que os líderes deveriam fazer em primeiro lugar.
Gosto de dizer que o líder que executa monta uma arquitetura de execução, implementando uma cultura e processos. Assim, ele consegue promover pessoas que fazem as coisas mais rapidamente e oferecer maiores recompensas.
Jack Welch, Sam Walton e Herb Kelleher são exemplos de líderes que são influentes em seus negócios, pois estão envolvidos com o seu time e suas operações.
Isso faz com que eles consigam se conectar com o todo, justamente porque conhecem a realidade que a empresa vive, sabem dos detalhes e estão entusiasmados com o que estão fazendo.
A motivação está na paixão que possuem em obter resultados, o que proporciona uma verdadeira inspiração para todos à sua volta. Não trata-se de uma “inspiração” por meio de exortação ou falsos discursos.
Esses líderes energizam a todos pelo exemplo que dão.
A execução tem que estar na cultura
Os líderes que executam procuram desvios das tolerâncias gerenciais desejadas.
Ou seja, a lacuna entre o resultado desejado e o real em tudo, desde as margens de lucro até a seleção de pessoas para promoção.
Em seguida, eles se movem para fechar a lacuna e elevar o nível ainda mais alto em toda a organização.
Progresso da Execução no Planejamento Estratégico
Considero o planejamento estratégico, a bússola das organizações.
Na minha visão, ele deve servir de guia para as tomadas de decisões e ações para alcançar metas e visões de longo prazo.
O planejamento estratégico nada mais é do que antecipar o futuro e se preparar para ele. Neste mundo dinâmico, é crucial obter clareza dos próximos passos e contar com uma estrutura que conduza a empresa de maneira inteligente.
Nas palavras de Ram Charan, a execução é o grande diferencial entre os que alcançam seus objetivos e os que ficam pelo caminho.
Vamos explorar os pilares fundamentais da execução:
Abordagem disciplinada:
O livro “Execução” destaca a necessidade de uma abordagem disciplinada e sistemática para implementar as estratégias de uma organização.
Algumas das principais vantagens da abordagem disciplinada, são:
- Estabelecimento de metas claras;
- Acompanhamento constante do progresso em direção a essas metas;
- Responsabilização das equipes e indivíduos envolvidos;
- A capacidade de adaptação à mudança;
- Comunicação eficaz;
- Análise regular dos resultados para aprendizado e aprimoramento contínuo.
Considero essa abordagem crucial para garantir que a estratégia seja implementada de maneira assertiva e que a organização alcance seus objetivos estratégicos de maneira eficiente.
Ação decisiva:
Charan enfatiza que a execução vai além de ideias e planos, exigindo ação decisiva, foco e responsabilidade.
Portanto, a ação decisiva representa a capacidade de transformar estratégias em ações concretas e efetivas.
Isso implica tomar decisões informadas, priorizar tarefas, resolver problemas, prestar contas, comunicar claramente e aprender com as experiências passadas.
Em essência, a ação decisiva é o mecanismo que coloca a estratégia em movimento e a torna realidade, permitindo que a organização alcance seus objetivos estratégicos.
Alinhamento da equipe:
O alinhamento da equipe em torno dos objetivos e metas da organização, garante que todos os membros compreendam, concordem e estejam comprometidos com um propósito em comum.
Para alcançar o alinhamento da equipe, é fundamental:
- Proporcionar uma comunicação eficaz:
- Definir os papéis e responsabilidades de maneira clara e objetiva;
- Estabelecer mecanismos de monitoramento e acompanhamento do plano de ação;
- Fornecer feedback regular sobre o progresso em direção às metas estratégicas.
O alinhamento da equipe assegura que todos estejam trabalhando na mesma direção e compartilhem a mesma visão.
Isso não permite apenas que os esforços sejam concentrados em um mesmo objetivo, como também auxilia a minimizar conflitos.
Afinal, quando a equipe está alinhada, a probabilidade de sucesso na execução da estratégia é consideravelmente maior.
Definição de prioridades:
Charan destaca a importância de estabelecer prioridades claras para direcionar a execução eficaz.
A definição de prioridades implica em identificar e dar destaque às tarefas, ações e projetos mais essenciais para alcançar os objetivos da organização.
Para definir prioridades de forma eficaz, é necessário:
- Foco estratégico;
- Análise crítica:
- Alinhamento com a estratégia;
- Comunicação clara entre as prioridades para toda a organização;
- Flexibilidade ao reconhecer que as prioridades podem mudar ao longo do tempo;
- Monitoramento regular do progresso em relação às prioridades.
A definição de prioridades permite uma alocação eficaz de recursos e esforços, aumentando as chances de sucesso na execução da estratégia e na realização da visão de longo prazo da organização.
Acompanhamento e ajustes:
Charan destaca a importância de acompanhar regularmente o progresso e fazer ajustes conforme necessário.
Essa prática, portanto, envolve:
- A coleta contínua de informações sobre o progresso das ações estratégicas;
- Análise dos dados coletados;
- Tomada de decisões informadas;
- Adaptação a mudanças nas circunstâncias;
- Comunicação eficaz;
- Aprendizado contínuo.
Ao acompanhar o progresso, a organização pode avaliar se as ações planejadas estão produzindo os resultados desejados e tomar medidas corretivas quando necessário.
A flexibilidade é essencial, uma vez que mudanças no ambiente de negócios podem exigir ajustes na estratégia.
Por isso, sempre defendo que a comunicação aberta e transparente é fundamental para manter todos os membros da organização informados sobre o progresso e as mudanças na estratégia.
Acredito que o acompanhamento e os ajustes servem como uma base para a construção da melhoria contínua dentro da organização.
Liderança forte:
Segundo o Ram Charan, uma liderança forte e comprometida, que inspira e motiva os colaboradores a atingirem os objetivos estabelecidos, é indispensável para o sucesso da execução no planejamento estratégico.
Acredito que uma liderança forte, se preocupa com o desenvolvimento de talentos, identificando líderes em potencial, criando oportunidades para o crescimento e desenvolvimento dentro da organização.
Na minha opinião, um bom líder possui a capacidade de motivar e inspirar suas equipes, criando um ambiente de trabalho positivo e estabelecendo metas desafiadoras, porém alcançáveis.
Quando a liderança é forte e comprometida com a estratégia, a organização está bem posicionada para alcançar seus objetivos estratégicos e prosperar a longo prazo.
Leia também: Hábitos que atrapalham a sua liderança
A importância da liderança para o crescimento das empresas.
Resultados tangíveis:
A visão de Charan sobre a execução está centrada em alcançar resultados reais e mensuráveis, sendo este um dos principais objetivos da estratégia: traduzir ideias em ações concretas e mensuráveis, que conduzam a resultados satisfatórios.
Para atingir esse objetivo, a estratégia deve definir objetivos que podem ser medidos, como metas de crescimento, redução de custos, aumento da participação no mercado ou melhoria da satisfação do cliente.
Esses objetivos são monitorados por meio de indicadores-chave de desempenho (KPIs), que servem como métricas para acompanhar o progresso da execução estratégica.
A organização, por sua vez, precisa analisar regularmente os resultados em relação a esses objetivos e KPIs, avaliando se as metas estão sendo alcançadas e identificando tendências de desempenho.
Quando os resultados não estão alinhados com as metas estratégicas, a organização toma medidas corretivas, que podem incluir ajustes na estratégia, realocação de recursos e mudanças nos processos.
7 dicas para tirar a sua estratégia através da execução
“A melhor estratégia é aquela que é bem executada”.
Larry Bossidy e Ram Charan, elencam técnicas e comportamentos fundamentais para auxiliar esse processo e garantir o sucesso.
Confira quais são elas:
Conheça bem seu pessoal e seu negócio:
Entender profundamente o time que vai executar a estratégia, suas características individuais e o grau de comprometimento de cada membro, é um dos fatores-chaves para o sucesso da execução.
Conhecer bem o seu pessoal também envolve entender as habilidades, capacidades, pontos fortes e fracos dos membros da equipe.
Isso permite alocar as pessoas de forma eficaz, motivá-las e atribuir responsabilidades de acordo com suas competências.
A compreensão sólida das operações, dos mercados, clientes, concorrentes e tendências da indústria é outro aspecto relevante que precisa da atenção do líder.
Na minha opinião, isso os auxilia a alinhar a estratégia da organização com a realidade do mercado e tomar decisões baseadas em fatos.
Insista no realismo:
Um bom executor avalia a viabilidade do plano com pragmatismo, lendo nas entrelinhas e sendo realista quanto às possibilidades.
É necessário que ele considere as capacidades reais da organização, os recursos disponíveis e as condições de mercado.
Isso envolve:
- Avaliar honestamente as capacidades da organização, identificando pontos fortes e fracos;
- Definir metas estratégicas que sejam alcançáveis com base nos recursos disponíveis;
- Considerar os riscos e desafios que podem surgir durante a execução da estratégia e desenvolver planos de ação;
- Monitorar de perto o progresso e ajustar a estratégia conforme necessário, com base em resultados reais.
Tomar decisões baseadas no realismo, portanto, é essencial para evitar a formulação de estratégias inatingíveis e garantir que a organização se concentre em metas realizáveis, enquanto está preparada para enfrentar desafios reais.
Estabeleça metas e prioridades claras e as comunique:
Ram Charan defende uma comunicação clara e motivadora, auxilia na definição de metas e prioridades para toda a equipe.
É importante que os objetivos da estratégia sejam estabelecidos antes mesmo do início das atividades, uma vez que isso permite que todo o time possa direcionar o seu foco para um mesmo propósito.
Ao definir metas específicas e mensuráveis, permitem que a empresa avalie o progresso em relação à estratégia.
Isso é essencial para determinar se a estratégia está funcionando conforme o planejado e, se não estiver, identificar áreas que precisam de ajustes.
Além disso, acredito que metas desafiadoras e inspiradoras podem motivar e envolver os funcionários, pois eles veem um propósito claro em seu trabalho, o que pode levar a um aumento na produtividade e no comprometimento com os objetivos estratégicos.
Trabalhe para concluir o que foi planejado:
Ram Charan argumenta que a execução de uma estratégia requer um compromisso sério por parte da liderança e de toda a organização.
Isso envolve uma mentalidade de “fazer acontecer” e uma cultura de responsabilidade pela execução.
O mindset em torno da execução não pode se limitar a realização de uma atividade pontual, mas sim um compromisso contínuo.
É preciso que as medidas tomadas sejam consistentes e persistentes.
Por isso, não deixe tarefas inacabadas, nem adie a execução.
Mantenha o foco e siga até o fim.
Recompense quem faz:
Valorizar e recompensar aqueles que executaram com dedicação e empenho, incentiva e motiva os funcionários a se esforçarem para alcançar as metas estabelecidas.
Na minha perspectiva, reconhecer e recompensar o bom desempenho ajuda a reter talentos-chave na organização, pois os funcionários se sentem valorizados e satisfeitos com seu trabalho.
Isso promove uma cultura de excelência e compromisso com a execução.
No entanto, é importante que as recompensas sejam justas, transparentes e alinhadas com as metas estratégicas da organização.
É importante destacar que reconhecimento e as recompensas não devem ser exclusivamente financeiros. Reconhecimento verbal, promoções, oportunidades de desenvolvimento e feedback construtivo também são essenciais para a motivação.
Amplie o leque de competências do time propondo desafios:
Ao enfrentar desafios, os membros da equipe têm a oportunidade de aprender e crescer, adquirindo novas competências e aprimorando as já existentes.
A oportunidade de lidar com desafios pode ser motivador e envolvente, pois desafia os funcionários a saírem de suas zonas de conforto e a buscarem soluções criativas.
Ao expandir o conjunto de competências da equipe, a organização está mais bem preparada para enfrentar os desafios da execução estratégica e superar obstáculos no caminho para alcançar as metas.
Contudo, gosto de enfatizar que é necessário que os desafios sejam adequados às habilidades e capacidades individuais de cada colaborador, além de que eles devem contar com suporte e orientação disponíveis para ajudar a equipe a enfrentar esses desafios com sucesso.
Minha sugestão é: desafie sua equipe a sair da zona de conforto e crescer por meio de novos desafios.
Conheça seus limites:
Conhecer seus limites refere-se à importância de reconhecer as capacidades e recursos reais da organização, bem como as restrições e desafios que podem afetar a execução da estratégia.
Com base na compreensão dos limites da organização, é importante estabelecer metas e objetivos estratégicos que sejam alcançáveis e realistas.
Reconhecer seus limites ajuda a evitar metas inatingíveis, minimizar surpresas desagradáveis e ainda, contribui para a execução eficaz da estratégia.
Reconheça seus próprios limites e respeite-os, evitando ultrapassá-los e ir contra seus valores.
Caso a sua empresa precise aprimorar a execução de suas estratégias, entre em contato comigo.