Toda vez que me reúno com empresários, ao conversarmos sobre a equipe de colaboradores das empresas, percebo que existem muitas dificuldades em relação a isso.
Dessa forma, muitas das declarações dos líderes giram em torno da falta de comprometimento, motivação e ambição por parte dos funcionários.
A partir da minha percepção, não trata-se de um desafio de um segmento específico ou de um tipo de negócio, mas sim de uma característica de administração de empresas e gestão de pessoas.
Uma vez posto o problema, é iniciada a conversa sobre diferentes caminhos para minimizar ou neutralizar este conflito com a equipe.
Assim, aos poucos o empresário vai se confrontando, de fato, com o real problema: a falta de controle dos processos, operações e atividades do próprio negócio.
Decorre exatamente esse ponto, ocorre a sensação desagradável de dependência deste colaborador: ”Não posso demiti-lo porque não tenho substituição…”, “Não há mais tempo para capacitá-lo”, “Ele mesmo não quer melhorar” são as explicações mais frequentes. .
Por esse motivo, o empresário acaba o mantendo dentro da empresa, mesmo com desempenho abaixo do esperado, sendo refém do colaborador.
Essa situação, com certeza, corrói os resultados de muitas empresas, assim como contribui para o desencantamento dos empresários com seus colaboradores.
Mas vejamos a questão por outro ângulo:
Pessoas produzem mais e são mais engajadas em ambientes de trabalho com regras claras, como especialistas de recursos humanos já afirmam há muito tempo.
Porém, não convém considerar somente regras de postura e comportamento, explicitadas em um regulamento interno que descreve o que é permitido e o que é proibido.
Desse modo, também é necessário levar em consideração principalmente, as regras de trabalho efetivamente conhecidas e descritas.
Por exemplo, o que fazer e exatamente como fazer uma atividade e deixar claro a frequência por hora, diária, semanal e mensal.
Além disso, é importante mencionar o tempo gasto adequado, ou seja, qual o tempo médio é adequado para realizar um serviço com qualidade, etapa a etapa.
Uma ótima maneira de medir isso, é fazer a seguinte relação:
- Volume produzido x tempo: quantidade de atendimentos, vendas, cobranças, contatos, entregas, em quanto tempo.
- Quanto à qualidade, é importante pensar na tolerância a defeitos, reclamações e acabamento final.
Estas referências do que fazer, como fazer e muitas outras que envolvem todas as operações de uma negócio no mercado constituem o seu know-how, isto é, o seu modo particular de fazer funcionar eficientemente a empresa.
É o know-how – em sistemas de franquias, também chamado de padrão da marca – que sustenta e caracteriza todo negócio.
Assim, pode-se dizer que é o que a experiência acumulada informa como a forma eficiente de realizar o serviço ou entregar o produto que cada empresa vende.
Este know-how ou padrão de atuação eficiente, é a base sobre a qual se deve apoiar o líder e sua equipe.
Com regras claras, de comportamento e de funcionamento ou operação – know-how estruturado, somadas a um líder que exige a observação destas regras com paciência e persistência, é possível perceber que uma equipe pode ser mais eficiente e comprometida com bons resultados.
Juntos, regras claras e liderança instrutora, formam o melhor cenário para a atuação de uma equipe.
Você já avaliou se o problema que você observa na sua equipe, está realmente nela?